Observando meu viver

Thursday, June 28, 2007

Ele é real

Ontem assisti “O Segredo”, o basicão do filme é que tudo que existe em nossas vidas, fomos nos quem atraímos. E isso não me entristece nem um pouco. Me senti maravilhosa ontem por tudo que eu atraí para a minha vida. Poderia postar mil vezes, e sempre falei que o universo me ouve!
Desejei, em algum dia da minha vida, ter um bom chefe, um cara inteligente, compreensivo, que me ouvisse com atenção, que confiasse no meu trabalho e no meu potencial. Desejei um dia, que ele fosse mais que chefe, que ele fosse um companheiro da jornada diária, que ele acompanhasse com cuidado e atenção os movimentos da minha vida. Desejei que o meu chefe fosse meu grande amigo, aquele que eu posso falar as minhas verdades mais inescrupulosas e que eu pudesse contar as minhas mentiras com humor. Desejei que esse chefe ouvisse as maluquices do meu coração, com ternura, por mais que fossem só as minhas maluquices. Desejei que ele dedicasse um bom tempo a me ouvir, sobre economia, filosofia, sociologia. Desejei que ele cursasse Administração como eu, e que nesse mesmo propósito, nós pudéssemos ter uma troca diária.
Desejei que ele fosse um cara humilde, mas não medíocre, desejei que ele fosse sincero mas não cruel. Desejei que ele fosse um cara feliz, apesar dos problemas nossos de todos os dias. Desejei que ele me respeitasse como ser humano, e como profissional. Desejei pensar meu futuro com ele, desejei fazer novos projetos....e acreditei que com ele,eu pudesse realmente, dia após dia, ver a prosperidade se revelando.
Desejei que nos meus momentos de dor, ele me acolhesse e fosse o meu herói, que ele cuidasse de mim, como que cuida de uma irmã, como que cuida de quem ama.
Desejei que ele pudesse me apresentar o novo, aquele mundo que eu não conheço.
Desejei que ele tivesse alma e dom de artista, que ele soubesse sentir arte. Desejei que ele soubesse também, cozinhar como cheff, e que tivesse a compaixão das boas almas.
Desejei que a nossa relação fosse justa, e sobre tudo fosse com base no amor, aquele que faz com que depois de 2 anos e meio de convívio diário, haja espaço pra um sorriso todo o dia.
Desejei que ele me avisasse quando o meu cabelo esta démodé, quando eu aumentei uns quilinhos, e quando eu estou estonteantemente bonita.
Desejei que ele, sobretudo, se sentisse tão à vontade comigo, a ponto de sermos plenamente verdadeiros um com o outro.
E o filme, revela em duas horas, que tudo o que desejas – REALMENTE – acontece.
Eu desejei, e esse cara maravilhoso, existe, tem nome e hoje completa ¼ de século de vida bem vivida!
Cara! Não sei o que desejar pra ti que tu ainda não tenha, o teu crescimento pessoal/profissional/espiritual eu acompanho todos os dias, e me orgulho tanto, que tu não podes imaginar.
Ter a tua mão, pra segurar a minha, quando eu sei que um esporro esta por vir, ter a tua serenidade, quando um grande problema pode nos trazer complicações e acima de tudo, ter a tua amizade, generosidade e bom coração ao meu dispor, é indescritível. Faltam as palavras pra descrever o tamanho da tua importância, e dizer-te o quanto tu é fundamental para os meus dias e o meu bem viver!
Amo-te, por mais que isso não seja profissional, foi natural – aconteceu!
Que tu tenhas uma vida de glórias, que tu e a tua alma gêmea querida, desbravem o mundo com coragem, com amor e em paz.
Parabéns!!!
Viva o Mate Mate.

Wednesday, June 27, 2007

Poxa!

Eu sou uma ativista inativa, bem sei. Tá, eu não participo de nenhum projeto social, não sou voluntária em nada, não dou esmola por pura ideologia, mas esbanjo sorriso, e sempre digo “não tenho, obrigada” e nem sei porque eu agradeço, mas sempre agradeço.
Hoje é capa do jornal que o “Lendário mendigo morreu”.
Foi inevitável pensar, que sociedade é essa que eu vivo, onde se sabe da existência de um mendigo, se sabe onde ele supostamente mora, sabe que são condições “sub-qualquer nível de vida”,se sabe que ele vive com lixo e com cães, logo vive cara a cara com a doença, e noticia a morte dele como uma grande perda, como um grande fato.
Ou eu sou as avessas mesmo!Se a ausência dele foi sentida, é porque a presença dele era importante, ou será que não é assim? Se a presença dele era importante, teríamos feito algo nesses quase 50 anos de vida dele. Mas não, nos sentimos honrados em enaltecer a sua morte, inclusive a FAS doou um caixão pra ele, ó que maravilha, morto ele vai ter um lugar descente pra protegê-lo dos vermes que ele nutriu a vida inteira.
Sério, isso me deixa irritadinha. Não o fato em si, porque bem sei que se ele realmente quisesse, teria tido outra vida, mas essa compaixão hipócrita que nasce com a morte.
Morreu-virou santo, querido por todos. E saber que esta criatura teve uma existência solitária e distante.
Fico feliz com a morte dele, não acredito que o pós –morte vai ser diferente da vida, mas enfim, acho que ele poderá ter um pouco mais de paz onde quer que esteja.
Aos mundanos como eu, o meu repúdio, a esse amor que não constrói, que só sente pena, esse amor que não é amor. É puro bem estar, é puro ego.
Aos que choraram a morte desse homem, que teve uma existência toda para cativar os humanos, e não o fez – sinto pena.
Talvez ele fosse só um sábio, que preferiu viver com 42 cães, a ter um humano do lado dele.
Adoro humanos, bem gosto das criaturas da mesma espécie, mas que é válido pensar, sobre a escolha comodista, claro que sim, estar no mundo todos os dias requer um esforço tremendo.Mas que este cara pode passar de desvairado para um grande esperto, isso ele pode. Não foi feliz, não foi livre, não foi amado, não foi nada. Foi só um mendigo lendário rodeado de fiéis cães. E agora, tratam como se ele tivesse sido, um grande homem, que merece um enterro digno. Ora, se o homem era tão grande assim, que lhe fosse concedida uma grande vida digna. Morte não requer dignidade. E apodrecer dentro de um caixão, com linho azul marinho, não pode ser a melhor condição da existência de ninguém. Isso não é caridade, é quase covardia.
Infeliz do jornalista que registrou tudo, como registrou.

Tuesday, June 26, 2007

Saborear

Estou saboreando as mesmas coisas de maneiras diferentes.
Essas frases perfeitas que a gente encontra por aí, que fazem todo o sentido do mundo ...e as vezes dão o sentido a tudo. Peço emprestado o profile da Estrela do Amor, que por sorte minha, nasceu na mesma família que eu:

“Quanto mais eu vejo, menos eu sei
E mais eu gosto de deixar rolar

...

Fundo abaixo da superfície
de outra maravilha perfeita”

E é esse fluir das coisas, que me faz bem.
A minha sintonia e cosmicidade estão cada vez mais sintonizadas e cósmicas, pode? Pode, eu garanto.
Assisti, e recomendo que leiam e assistam “A Profecia Celestina”, segundo o meu chefe é surreal, por mim mesma, é mais real do que qualquer outra coisa é fato.
De uma maneira bem “simplista”, quase tirando a magia do filme e do livro, é só conexão e percepção.
Quando estamos conectos, e eu nem falo de conexão com o universo, falo de conexão conosco mesmo: é a fonte do fluir. É só isso. É só conexão.
O resto é o resto.
Estar tão conectado a ponto de perceber o ruído externo, mas não ser abstraída por ele. E tudo vai ficando com um novo sabor, e tudo começa a ter um novo ...ou só o sentido mesmo.
É ouvir aquela música de dez anos atrás e entender de uma nova maneira tudo o que o cara disse.
Hoje eu perdi o ônibus (novidade!!), e a minha cia das idas ao trabalho, também não estava, fiquei com os meus fones mesmo..eis que toca Legião, todo mundo sabe cantar Legião ...e eu me perdi numa frase:
“Saudade que eu sinto - De tudo que eu ainda não vi”. Pode? Ô se pode. Eu garanto!

E não garanto nada também.
Mas recomendo. Tudo, absolutamente tudo, fica mais saboroso.

Sunday, June 24, 2007

Descoberta

Eu tinha um momento, e tinha uma escolha.
Quase sempre é assim. Correr o risco de que as coisas não sejam.
Aquela coragem que vem, e me impulsiona e faz com que eu faça o que eu quero fazer.
Poderia ter ficado na mais absoluta inércia, mas me pareceu, que por mais que o sensato fosse fazer isso, eu deveria fazer o contrário. E fiz!
Sempre achei que tudo são escolhas, mas nem sempre é assim. Tem coisas, que acontecem numa velocidade tão inacreditável, que não consigo perceber a minha escolha, e nem justifica-la.
Quando eu percebi a plenitude já estava lá e eu já estava inteira.
Quando eu percebi, já era só um.
Totalidade, inteireza. Energia, energia, energia!
Transcendi. Mesmo que não fosse essa a minha busca.
Fascínio, que definitivamente não é mundano. É quase surreal.
É como se a minha memória fosse apagada a cada instante.
Tudo tem gosto de inédito, de nunca visto antes, de nunca sentido antes.
É isso: descoberta!
Eu só não descobri ainda, que nome tem isso, e nem sei se quero.
Quando me falavam que as palavras limitam, que não se expressa tudo o que se sente, eu era contrária.
Agora eu entendi, porque que existe o olhar!

Thursday, June 21, 2007

Deslumbrei

Que de perto ninguém é normal, eu não tenho dúvidas. Mas imagine olhar para si frente a frente?
Começo quase todos os dias um novo texto.
E termino esse texto também, mas me lembro o quanto provisória eu sou, e prefiro esperar até o final do dia pra ver se tudo aquilo, eternizado ali, ainda é verdade.
Hoje, penso no registro da eternidade. Como, nós sabemos que vai ser pra sempre, mesmo que não seja?
Já se sentiu assim? Num determinado instante, uma certa emoção e a eternidade. Já me preocupei com a reciprocidade das coisas, com o bom e velho “só sinto, se tu sentes”, hoje eu penso: d a n e – s e. Não sentiu? Perdeu a oportunidade. Eu não perco. E sinto, sem vergonha nenhuma, a euforia, o amor, a amizade, a cumplicidade, a afinidade. Sinto na hora exata, nem antes e nem depois, não desperdiço os meus momentos. Não preciso de uma vida pra gostar de alguém, e nem de uma vida, pra não ter a mínima vontade de estar perto.
A minha mãe acha graça, do meu imediatismo. E eu sempre respondo da mesma forma: “tu me pôs no mundo pra eu ser feliz, e todos os dias eu me mantenho com esse propósito”.
Talvez eu não sinta de forma coerente para a maioria dos mortais, talvez nem pros imortais. Parece de fora, leviano, a forma como eu me expresso, como eu mudo de idéia, como eu me relaciono com o mundo. Estar despreendida! Ser despreendida!
Procuro ter o mínimo de critérios possíveis e nessa busca eu me encho de critérios porque preciso saber o que são para não tê-los. Confusão!
Essa semana encontrei comigo, e é tão perturbador (não no sentido pejorativo da palavra), no sentido de que olhar-se de fora, é completamente diferente, do que olhar-se de frente. E todas as proteções tornam-se inúteis, porque eu sempre soube que é impossível enganar a mim mesma. Se já era difícil de dentro, imagina de fora? Projeções também perdem por completo a razão de ser.
Assim, quanto mais eu leio mais eu fico deslumbrada. Sim, todo mundo sabe que eu sou positiva e tudo mais, e que eu sou naturalmente deslumbrada. Nasci assim, paciência. Mas eu já falei que eu to deslumbrada?
É o meu deslumbre já se eternizou, já adoro. É assim. É um entendimento, tão ‘natural’ que só é entendido pra saber que ele não era necessário.

Thursday, June 14, 2007

As Trocas

Há quem passe a vida toda pensando em trocar, até perceber que não trocou nada.
Há quem troque de carro, todos os anos, acreditando que assim, terá uma vida melhor.
Há quem troque de roupa várias vezes ao dia, acreditando que assim será uma pessoa melhor.
Há quem troque a cor do cabelo, o corte, acreditando que assim, irá se reinventar.
Não posso, com propriedade, falar dessas trocas, porque não as faço com regularidade.
Mas posso falar de outros tipos de trocas que me fazem um bem imenso. Troca de energia, troca de ambiente, troca de idéias, troca de abraços, troca de sorrisos, troca de olhares, troca de palavras, troca de experiências, troca de conhecimento, troca de vida!
Essas trocas, pra mim são caras. Uma das coisas de mais alto valor na minha escala!
Compartilhar o ser, definitivamente vale a pena!
Não falo de trocar pessoas de lugar, porque não seria viável, mas que há uma dúzia delas que eu queria mais perto de mim, eu bem queria!
Pessoas que vivem longe, pensando parecido, e aí que eu reconheço as minhas escolhas, neste instante eu me reconheço e sei porque vim e de onde eu vim: identidade, afinidade e amor!
Amores descomunais, daqueles que dá vontade de pegar no colo e não soltar nunca mais.
Aquela imperfeição, perfeita que eu amo.
Este prazer de troca, de co-existência no brilho do olhar alheio, essa sabedoria que faz a essência vir a tona, e torna tudo mais...Nada, é que me contagia, é que me faz melhor!
Viver a essência, viver com essência e essencialmente viver!
Parece-me a cada dia mais, que eu sei porque vim, sei porque estou aqui, e adoro estar onde estou, mesmo que eu não esteja em nenhum lugar, mesmo que eu não pertença a nada.
Eu não me perco em tanta vida, porque me troco, me esqueço, me perco e me encontro em todos os lugares!