Observando meu viver

Thursday, June 21, 2007

Deslumbrei

Que de perto ninguém é normal, eu não tenho dúvidas. Mas imagine olhar para si frente a frente?
Começo quase todos os dias um novo texto.
E termino esse texto também, mas me lembro o quanto provisória eu sou, e prefiro esperar até o final do dia pra ver se tudo aquilo, eternizado ali, ainda é verdade.
Hoje, penso no registro da eternidade. Como, nós sabemos que vai ser pra sempre, mesmo que não seja?
Já se sentiu assim? Num determinado instante, uma certa emoção e a eternidade. Já me preocupei com a reciprocidade das coisas, com o bom e velho “só sinto, se tu sentes”, hoje eu penso: d a n e – s e. Não sentiu? Perdeu a oportunidade. Eu não perco. E sinto, sem vergonha nenhuma, a euforia, o amor, a amizade, a cumplicidade, a afinidade. Sinto na hora exata, nem antes e nem depois, não desperdiço os meus momentos. Não preciso de uma vida pra gostar de alguém, e nem de uma vida, pra não ter a mínima vontade de estar perto.
A minha mãe acha graça, do meu imediatismo. E eu sempre respondo da mesma forma: “tu me pôs no mundo pra eu ser feliz, e todos os dias eu me mantenho com esse propósito”.
Talvez eu não sinta de forma coerente para a maioria dos mortais, talvez nem pros imortais. Parece de fora, leviano, a forma como eu me expresso, como eu mudo de idéia, como eu me relaciono com o mundo. Estar despreendida! Ser despreendida!
Procuro ter o mínimo de critérios possíveis e nessa busca eu me encho de critérios porque preciso saber o que são para não tê-los. Confusão!
Essa semana encontrei comigo, e é tão perturbador (não no sentido pejorativo da palavra), no sentido de que olhar-se de fora, é completamente diferente, do que olhar-se de frente. E todas as proteções tornam-se inúteis, porque eu sempre soube que é impossível enganar a mim mesma. Se já era difícil de dentro, imagina de fora? Projeções também perdem por completo a razão de ser.
Assim, quanto mais eu leio mais eu fico deslumbrada. Sim, todo mundo sabe que eu sou positiva e tudo mais, e que eu sou naturalmente deslumbrada. Nasci assim, paciência. Mas eu já falei que eu to deslumbrada?
É o meu deslumbre já se eternizou, já adoro. É assim. É um entendimento, tão ‘natural’ que só é entendido pra saber que ele não era necessário.

1 Comments:

Blogger endrigoro said...

hmmm belo texto...
me identifiquei mto com ele no sentido da mudança repentina d opiniões e do deslumbre com as coisas e com as pessoas
acho mto bom o fato d vc conseguir viver tão intensamente tai
isso ae continue assim
bjus t adoro

1:18 PM  

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