Observando meu viver

Thursday, September 27, 2007

Inquietude

E a velocidade das coisas tem me preocupado.
Os dias se consomem e quando eu penso em momentos “meus” já é dia de novo. E que foi feito?
Essa corrida atrás das coisas que nem ao menos eu consigo mensurar o que são, me apavora. Essa aposta, essa sensação de que a vida mesmo ainda esta por vir, de que ainda não é bem isso. Essa esperança de que dias melhores virão, de que a paz se instala, de que os sonhos se realizam, essa fé, essa crença, essa certeza, não andam mais tão presentes por aqui.
Será mesmo?Será mesmo que é assim.
Ando questionadora, dizem que há de ser, mas quem disse? Porque?
Ocorre-me às vezes, que o mundo virou uma eterna repetição. Permitimos que seja pensado por nós, que as nossas escolhas sejam feitas sem se quer questionadas, porque é assim que a vida funciona ou na maior parte do tempo. Não funciona!
Essas referências me preocupam porque limitam. Sinto falta do novo. Só se vai até onde é conhecido, até onde já ouvimos falar que é seguro e há conforto. Sempre baseado no que já existe.
Tenho a sensação de que há experiências novas, uma melhor maneira de viver.
Não conformidade, parece-me que assim, como eu tenho levado os meus dias ainda não é o bom, não é o melhor.
Não que eu não tenho tido dias fantásticos, eles são e com propriedade. Mas acho que podem ser mais ainda.
Talvez eu tenha nascido com uma inquietude eterna. Talvez o que há por vir, seja doloroso a ponto de eu querer sofrer por antecedência e aos poucos, pra ver se dói menos.
Sempre quis ser uma mulher forte, corajosa e destemida. Menos cautelosa mais vivida. Alguém que a esperança, que a certeza do melhor, dos dias bons, fosse o norte! O céu. Mas nem todos os dias são azuis, nem todas as sensações são as de abraço.
Eu ficarei mais radiante, mais falante e mais feliz.
Só preciso de menos cansaço, do teu abraço e de motivos pra sorrir.

Sunday, September 02, 2007

Acapulco


E ai, absorver fica difícil. Eu que sempre tive facilidade para externar tudo o que eu sinto, agora estou sem palavras. Acho que foi assim que surgiram as mais belas melodias, creio eu, que um apaixonado como eu, quis mostrar ao mundo do que ele era feito, e as coisas que ele sentia.
E então surgiu a música, e a melodia se fez.
Angustio-me de não conseguir dizer com grandeza tudo o que eu sinto, mas é sabido que as coisas de mais alto valor não são ditas, não por cautela, mas porque as palavras limitam.
Eu te amo é pouco, porque é mais que isso. Dizer-te que estar contigo é o meu melhor estado, também não tange o que é intangível. O sentido do amor, o sentido de saudade, o que é imenso, ilimitado, o que é bastante, o que não acaba o que é continuo o que é prazeroso, é tanta coisa que se faz sentir, que faz sentido e que é sentida, que me falta, realmente me falta o que eu achei que eu tinha. E me sobra tantas outras coisas, que não cabem aqui.
Cada segundo é eternizado, porque é feliz. Cada beijo é absorvido, a tua alma me encanta. O timbre da tua voz me causa arrepios e a tua respiração me invade.
E a idéia de que isso pode ser pra sempre, me causa uma euforia, uma alegria, quase um medo.
Riam de mim, quando eu acreditei que romances de filmes existiam de verdade, e tu estás ai, nós estamos pra provar, que os filmes são pouco, perto do que se sente e perto do que se vive.
É mais que sintonia, é mais do que eu sonhei, é mais do que eu imaginava sentir.
Deus age de forma misteriosa, e como isso me faz feliz.
Eu vou ser eternamente grata a mim mesma, por eu ter voltado. Sempre!